quando comecei a escrever em um blog individual, a primeira imagem que usei para ilustrá-lo foi uma gravura de dürer chamada melencolia I. é fácil encontrá-la numa busca do google, mas para manter o ritmo vou resumi-la aqui: ela retrata um anjo rodeado de opções para agir mas que, contra todas as expectativas, permanece sentado, com o rosto apoiado no punho fechado e olhar perdido.
a felicidade é uma questão de escolha, mas nascer com o espírito do protagonista da imagem não. é preciso deixar claro que, mesmo diante de uma miríade de caminhos, é inevitável para alguns recostar-se e esperar o que estes trarão, em vez de percorrê-los.
é um problema de fatalidade. mesmo hamlet, o melancólico por excelência, busca reverter sua tristeza com a encenação de uma peça de teatro. mas não é capaz de reverter seu espírito, e todos sabem como a história termina.
apesar dos sinônimos consagrados, o destino trágico não é o destino ruim. é apenas o destino incontornável.
trilha sonora: orbital, the box, pt 1 e 2
segunda-feira, 4 de maio de 2009
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Um comentário:
claro, nada de valores justos nesse momento.
Ficar parado pode ser muito melhor do que em movimento.
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