sinto saudades das duas semanas de setembro que passei em são paulo. sinto saudades da impessoalidade dos quartos de hotel. e, timidamente, confesso que prefiro os piores, os menores, sem distrações. aqueles dos quais se diria "pelo menos é limpo", aparente elogio que, na realidade, resume um sem número de defeitos.
durante esses dias, longe de tudo que me era pessoal, não me restava nenhum bem que não fosse a mim mesmo. por conta disso, perdi o sono mais que de costume. sonhei com diferentes mulheres que respondiam pelo mesmo nome, enquanto planejava um romance sobre uma mesma mulher que atendia por diversos. estiquei os finais-de-semana. comprei mais coisas duráveis que perecíveis, acreditei no futuro.
sinto saudades de estar sozinho numa cidade estranha. de estar inescapavelmente sozinho. sinto saudades de ser o último homem do mundo.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
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2 comentários:
A não-crônica de hoje do JP Cuenca falava das crônicas que ele não escreveu esse ano. Uma delas, falava que ele dormiu em 34 camas esse ano. Achei bacana a idéia. Em quantas camas você dormiu esse ano? Com quantas pessoas?
oito camas e um chão de banheiro.
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